A abordagem poderá parecer não ser relevante para uma visão não holística! Mas a gestão de uma organização deve levar em consideração até os aspectos que podem parecer “serem os mais simplórios”.
Fizemos uma pesquisa de campo e constatamos que a falta de troco tem vindo a ser um factor decorrente nas empresas comerciais. E a pergunta de partida que não se quer calar é a seguinte:
A FALTA DE TROCO NAS EMPRESAS COMERCIAIS PODERÁ AFECTAR NEGATIVAMENTE O DESEMPENHO DA ORGANIZAÇÃO E DIFICULTAR A VIDA DOS CLIENTES?
Para melhor fundamentação da questão supracitada, fomos ao encontro de 5 jovens estudantes de Economia, Gestão e Contabilidade para que nos possam brindar com os seus conhecimentos e nos elucidar a respeito da temática, quais os impactos que poderá causar e claro às possíveis soluções.
Entretanto seguem-se as opiniões dos nossos comentaristas na nossa Rubrica Opiniões Space.
Hélio Caetano Andrade – estudante do 4º ano da faculdade de Economia e Gestão do ISPJEAN PIAGET De Benguela especialidade Contabilidade e Finanças.
Concernente a falta de troco nas empresas, poderá gerar alguns custos ao comerciante.
Caso o comerciante opta por arredondar o troco em benefício do cliente, isso gerará um custo, bem como a quebra de caixa. Assim como o custo da logística para se conseguir moedas e da alocação de funcionários, que muitas vezes precisam sair em busca de trocos à loja ao lado. Situação que poderá gerar, ainda, o risco que esse funcionário corre ao andar com o dinheiro na rua.
Caso o comerciante opte por arredondar o troco em benefício da empresa, há um custo em relação à reputação da mesma. Obviamente, os clientes não ficam satisfeitos com essa medida. Além da insatisfação do cliente, essa medida é ilegal.
O arredondamento a favor da empresa é entendido como enriquecimento ilícito por parte do estabelecimento. Cabe ao comerciante encontrar e escolher uma boa solução para esse problema.
Como uma das soluções é: Ao iniciar a actividade deve ter em seu caixa um determinado valor já trocado para o mesmo fazer o uso.
Gaspar Canema António – estudante do 4º ano da faculdade de Economia e Gestão do ISPJEAN PIAGET De Benguela especialidade Contabilidade e Finanças.
É um problema que predomina até actualmente nas empresas, o troco é um dos pontos principais para que o intercâmbio entre o fornecedor e o cliente flua naturalmente. Situação que eu noto de uma forma diferente em certas organizações, os clientes vêm com a vontade de comprar certo bem, mas devido a falta de troco eles (clientes) têm que voltar. Prática que eu sugiro as empresas comerciais para inverterem se querem ter uma relação saudável com os mesmos. Porque se não se procurar arranjar meio termo para ultrapassar esse infortúnio (troco) uma das partes sairá prejudicada, então, é melhor se prevenir do que a confiar diz um velho ditado. Sendo os clientes as pessoas que fazem as empresas, devemos é tratar eles como nossos filhos para evitar esses tipos de constrangimentos.
Neste caso, para evitar esses constrangimentos, a empresa tem que ir ao banco mais próximo e trocar as notas altas que tem no seu caixa, para facilitar o cliente, esse é o meu ponto de vista.
Donaciana D. Rodrigues – estudante do 3º ano da faculdade de Economia e Gestão da UNIVERSIDADE JEAN PIAGET De LUANDA
A falta de circulação de moedas na economia afeta, de modo geral, a todos os negócios. Prejudica o pequeno empresário, que, por falta de troco, pode comprometer a confiança por parte dos consumidores, que não saem felizes da loja quando não recebem o troco correto.
Caso a organização opte em arredondar o troco em benefício do consumidor, isso pode gerar um custo e a quebra de caixa também. Se a organização optar em arredondar o preço para o benefício da própria organização, há um custo em relação a reputação da empresa.
Claramente os consumidores não ficarão satisfeitos com essa medida, além disso, será uma medida ilegal.
A falta de troco é sempre prejudicial ou interfere no lucro e gera a quebra de caixa, ou a organização toma atitudes que interferem na imagem da empresa e que são ilegais.
A falta de troco deixa os clientes insatisfeitos e ao mesmo tempo, descredibiliza a empresa. E isso faz com que a empresa perca clientes e consequentemente uma quebra de caixa.
Pode se considerar a falta de troco em uma empresa como um ponto fraco.
Helder Sumbo – estudante do 4º ano da faculdade de Economia e Gestão do ISPJEAN PIAGET De Benguela especialidade Contabilidade e Finanças.
A falta de troco nas empresas comerciais afeta negativamente o desempenho da organização por meio de 2 pontos.
1° ponto: A dificuldade no controlo do seu fluxo de caixa.
A empresa perderá o controlo do seu fluxo de caixa quando estiver somente a registar um influxo (entrada de dinheiro e saída da mercadoria) e não registrar a dívida do cliente (nesse caso o troco).
Ex.: Quando a gente vai a uma loja, perto de casa, comprar alguns alimentos, nos deparamos com situações de gênero (Falta de troco). E o fornecedor, nos dá a proposta de deixar o dinheiro e levar os alimentos para posteriormente levantar o troco (vamos supor que essa proposta aconteceu com vários clientes). No momento de receber os valores o fornecedor registra a entrada de dinheiro e talvez possa esquecer que dessa entrada de dinheiro será deduzida o troco e na hora do levantamento ficará um pouco complicada o seu controlo de caixa.
2° ponto: Perda de clientes.
Os clientes ao saberem que a empresa tem problemas na gestão do troco, eles podem preferir ir à uma outra empresa que tem sempre troco disponível ao invés de deixar o seu troco para posteriormente pegá-lo.
Uma das maneiras mais simples e segura de ultrapassar essa situação é começar a nossa actividade operacional diária com um saldo inicial no caixa.
Como será feito?
Será feito pela retirada de um valor no saldo final da actividade operacional do dia anterior para ser o nosso saldo inicial. Sempre que houver necessidade de dar troco a um cliente, retiramos do nosso saldo inicial.
A falta de trocos nas organizações comerciais é uma prática propositada pois gera um ganho para a empresa pois não dando o troco ao cliente ela retém aquele valor o que a posterior é registrado como lucro, do ponto de vista do cliente não se verifica um grande transtorno pois o troco em causa geralmente é de 1,00kz ou as vezes trata-se mesmo de centavos, mas 1,00kz vezes o número de clientes que frequentam a empresa num dia já é um ganho significativo.
Tendo isto em mente não creio que tal prática possa em princípio afectar negativamente as organizações comerciais, isto se forem de um porte que não seja micro, pode é dificultar a vida dos clientes se a organização em questão tentar reter um valor significativo para o cliente, pois maior parte dos clientes não repara nos centavos mas se tentares reter um troco de 500kz ou acima disso aí terás um problema com o cliente e ali ele pode decidir parar de frequentar o estabelecimento, e isso no longo prazo pode sim gerar dificuldade a organização pois “a publicidade boca a boca também surte efeito”.
Possíveis soluções:
A primeira é a mais simples e óbvia ter sempre ou dar sempre o troco devido ao cliente.
A outra é se não for possível dar o troco ter políticas que permitam que ninguém saia prejudicado na transação comercial, alguns estabelecimentos dão rebuçados ou outras guloseimas aos clientes quando não têm trocos, isto no caso de micro e algumas pequenas empresas.
Mas em suma tal prática deve ser evitada pois no longo prazo fustiga a paciência do cliente, o que gera desconfiança e afastamento dos clientes do nosso estabelecimento.
Estas foram as opiniões dos nossos convidados na rubrica OPINIÕES SPACE. Esperemos que a abordagem venha a despertar aos comerciantes e aos futuros comerciantes, o quão é importante prestarem atenção aos aspectos que foram tratados e claro, que impacto poderão causar aos clientes e as suas próprias finanças.
É importante fazer com que o nosso cliente se sinta bem ao entrar na nossa loja e quanto menos constrangimento encontrar, melhor para a empresa e para ele mesmo.
By: Gilson Célio
SAWABONA SHIKOBA
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“O VALOR DA CONCORÊNCIA”
“A concorrência obriga as empresas a reinventarem-se, a diversificarem os seus serviços e acima de tudo a criarem novas estratégias no nicho de mercado” (Justino Célio 2023).
A Africell trouxe os seus serviços cá em Benguela (começou a operar Dezembro) e não esqueceu-se do “OKO” dos Benguelenses/sulanos. O cartão SIM custa 200,00 Kz e o telemóvel analógico 2.000,00 Kz.
A Unitel apercebendo-se dos riscos e da possível aderência dos seus clientes ao “OKO” da Africell, trouxe o Tarifário Bazza com a expressão “OVE” e gratuitidade nos cartões SIM. Ou seja, os Cartões “Sim” são gratuitos e podeis pegar quantos quiserdes.
Gosto de briga de big dogs (passo a expressão) hhhh!
Eu, particularmente, usufrui todos os serviços (tanto da Africell como da Unitel), para que depois fizesse o meu próprio julgamento. E fá-lo-ei:
A Africell está a demonstrar ser uma concorrente que sabe o que faz e quer! Fez-me lembrar de um conteúdo de marketing sobre a gestão da relação com o cliente (fazer-saber, fazer-gostar e fazer-fazer). Tem uma rede 4G que por sinal é rápida e o consumo do saldo (internet e normal) é bastante econômico; Os seus serviços de internet e voz são bastante convidativos porém, tem alguns aspectos que têm condicionado o bom funcionamento da operadora:
1- Algumas vezes tem havido falhas de rede (mas eu acho normal visto que começaram a operar há pouco tempo); e
2- Falhas em alguns dos seus aparelhos telefônicos (na verdade ainda não constituiu um problema de grande proporção).
Pelos vistos, a Gestão da organização (empresa), fez uma análise Swot antes de operar (análise empírica). Quando falamos sobre Swot estamos a dizer simplesmente #forças, #fraquezas, #oportunidades e #ameaças da organização. Na verdade, as grandes empresas usam essa ferramenta para avaliar a sua estrutura organizacional sem descurar o ponto de vista funcional. Mas vale lembrar que a Swot não dá total certeza de como o negócio vai decorrer “na prática” em função dos aspectos Macroeconômicos que poderão contrapor o bom funcionamento da empresa e pelo facto da própria ferramenta limitar as análises pois dá informações muito resumidas.
Em Contabilidade Geral/financeira, existe um princípio que é o da continuidade. Esperemos que a Africell paute por esse princípio e continue a proporcionar de forma eficiente os seus serviços. Não digo eficaz porque para a nossa realidade “eficácia nas empresas” ainda é um sonho!
Já a “secula” Unitel, pelo tempo de estrada, devia ser aquele exemplo a seguir! Que pena que agora é uma propriedade do Estado...
Portanto, a Unitel tem bases de um camelo sedento que perambulou durante muito tempo no deserto (até rima). Encontrou um “poço-zinho” de água e quer consumir a água todinha. Ou seja, o consumo de internet e das chamadas de voz (normal) deixa-nos a desejar bastante! Quando falo sobre o camelo refiro-me também a lentidão da própria rede (neste preciso momento estou com apenas uma unidade de rede e o camelo parece mais uma tartaruga).
A Unitel precisa melhorar os seus serviços e a sua eficiência de rede pois quando a Africell instalar-se, definitivamente, em todo território nacional a operadora Unitel, correrá o risco de perder boa parte dos seus clientes e deixar de ser a líder no mercado das telecomunicações em Angola.
Eu estou a usufruir todos esses serviços e essa foi a minha experiência e a minha opinião a respeito.
Sem mais o que dizer “SAWABONA SHIKOBA”
Analista: Justino Célio
Para melhorar o nosso sistema educacional (além das condições técnicas e infraestruturais), é meritório que velemos em dar melhores condições aos professores (no sentido geral) e aos professores do ensino primário que é a base da nossa análise. Sim! Uma delas é mesmo a condição salarial.
A indução poderá não nos dar dados concretos para a nossa análise mas ainda assim vale usufruir das suas bases.
Desta feita, já se perguntaram o porquê que no mundo contemporâneo as estatísticas apontam (claramente) para o aumento quantitativo de professores do ensino superior, médio e básico?
Respondo da seguinte forma: Lidar com crianças não é fácil! E o retorno/ganho por aturá-las (sem usar o eufemismo) é baixo. Porém muitos não estão dispostos a doar-se por essa causa.
Quando eu falo sobre dar condições aos “professores do primário” refiro-me também em capacita-los periodicamente (a todos os níveis de conhecimento/técnicas) para melhor instruírem os seus educandos.
Para mim, será possível sermos politicamente corretos e usarmos a frase “as crianças são o futuro do amanhã” se e somente se à educação tiver as suas raízes bem assentes! Começando por prestar maior atenção aos mais novos pois uma falha na educação deles poderá comprometer naturalmente o futuro do país. Vale lembrar que os professores são ou deviam ser os nossos maiores influenciadores já que supostamente são os nossos segundos pais. Mas um pai faminto, tudo porque é mal remunerado e trabalha em péssimas condições, é utopia esperar que dê a atenção que o seu filho realmente merece. E sem esquecer que em cada turma do primário poderá ter mais de 30 alunos e alguns sem carteiras para sentar.
Li recentemente textos, em um dos Jornais da nossa praça e sites, que diziam que "Angola é um dos países da África que menos investe no sector da Educação".
Se estendermos a nossa análise para aquelas zonas de difícil acesso (zonas recônditas no verdadeiro sentido da palavra), realmente vamos lamentar não só pelos professores como também pelos próprios alunos. Imaginem o que é trocar um lápis/caneta por uma enxada? Tudo porque a esperança vem apenas do campo. Ou seja, se os rapazes não forem a lavra provavelmente não hão de comer.
Já agora, eu desafio as nossas autoridades para que tornem possível o programa que noutrora muito ouvia-se falar: O programa de merenda escolar. Eu não sei que dados estatísticos foram obtidos na fase em que o mesmo foi efectivado, mas eu tenho total certeza que é uma das principais formas de manter os estudantes nas escolar reduzindo assim o índice de crianças fora do sistema de ensino.
Termino dizendo o seguinte: O professor do primário não devia ser visto como "só mais um professor" pois ele é a gênese da ciência na vida de uma criança.
SAWABONA SHIKOBA
Analista: Justino Célio
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